Cadeia do Livro e Imprensa Periódica X
A transposição deste quadro da realidade francesa para a realidade nacional não é de todo possível, pelo menos na sua total extensão e lógica. A França é, à altura, uma superpotência editorial, com elevada taxa de leitores, com a industria tipográfica, editorial e o comércio livreiro disseminado por todo o território (Lyon, apesar de não tão importante como Paris, é um pólo difusor do livro importantíssimo) e que conseguiu criar um mercado de exportação tão ou mais importante que o mercado interno. Em contrapartida, as nossas elites, já para não falar no resto, nunca foram grandes consumidoras de literatura, o complexo produtor do livro encontra-se concentrado em Lisboa, Coimbra e Porto, sem que uma rede de distribuição eficiente cubra a restante província e sem o suporte de um mercado externo, mesmo apesar do Brasil, que resguardasse os investimentos no sector.
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