sexta-feira, maio 20, 2005

Leitura e Consumo I

A maior das dificuldades com a qual nos deparamos está não na falta de fontes, mas no seu número excessivo, pelo que também aqui, mais uma vez, teremos que fazer escolhas. A primeira das fontes que nos pareceu a mais óbvia encontramo-la no Catalogo da Real Bibliotheca Publica do Porto. Tudo apontava para que estivessemos perante documentação preciosa para a consecução dos nossos objectivos: a) em 1833 a lei do Depósito-Legal estende-se à Biblioteca Pública do Porto e em 1854 esta disposição é reforçada pela Portaria de 31 de Março a qual obriga, mais uma vez, todos os proprietários de tipografias do Reino a mandar para a Biblioteca do Porto, do mesmo modo que para a de Lisboa, um exemplar de todas as obras ou publicações de qualquer natureza, que nas ditas oficinas sejam impressas[1]; b) em 1841 a Biblioteca abre ao público em geral; c) a partir de 1859 começa a incorporar e a registar com regularidade obras; d) desde a sua abertura manteve a prática de aquisição continua de obras, não se limitando a gerir o fundo primitivo.

[1] RIBEIRO, José Silvestre – Historia dos estabelecimentos scientificos, literários e artisticos de Portugal nos soccessivos reinados da monarchia; Lisboa, Academia Real das Ciências, 1871-1914