domingo, abril 17, 2005

Cadeia do Livro e Imprensa Periódica III

Voltando à “cadeia do livro” propomo-nos a abordar a partir do agente editor porque consideramos que é a chave do mercado do livro industrial. O editor, enquanto elo autónomo desta cadeia, isto é, que não se confunde nem com o livreiro e nem com o tipógrafo, é uma realidade que se revela pela primeira vez e na sua total extensão no século do romantismo. É uma nova figura que se vai colocar numa posição mais ou menos equidistante em relação aos outros constituintes da cadeia do livro, desempenhando funções intermédias, mas absolutamente necessárias, entre o autor, o impressor, o distribuidor e o mercado. Interessa-nos saber em que medida a sua presença activa condiciona a produção intelectual e o consumo cultural, numa primeira leitura, e em que medida influi nas representações intelectuais fundamentais de uma comunidade sobre si própria e sobre o mundo, numa segunda leitura mais ambiciosa.