segunda-feira, setembro 26, 2005

Exemplares 1

Autor: CASTRO, David de
Título: A Carteira de Satan. Novo manual de theurgia e prestigitação illustrado com 65 estampas explicativas
Edição: Livraria Internacional de Ernesto Chardron, Casa Editora (Lugan & Genelioux, Successores)
Local: Porto
Ano: 1888
Tipografia: Typ. de A. J. da Silva Teixeira (Cancella Velha, 70)
Páginas: 289
Dimensões: 12.5cm x 19cm
Ilustrado: sim
Preço original: $800 reis

sábado, setembro 24, 2005

Retrato de Leão X com os cardeais Giulio de Medeci e Luigi de Rossi (Raphael, 1519)

Anúncio 33

O Lidador, 14 de Agosto de 1854

REGRAS GERAES PARA A PRONUNCIAÇÃO DA LINGUA FRANCEZA, seguidas de dois quadros systematicos de todas as terminações dos nomes e dos verbos do mesmo idioma, por José Antonio da Silva Franco, professor no collegio da socidade dos artistas Lisbonenses, obra dedicada á mesma sociedade.

segunda-feira, setembro 19, 2005

Anúncio 32

O Defensor Diário, 15 de Setembro de 1848

MISCELLANEA ou collecção curiosa de varios escriptos inéditos, religiosos, civis, politicos, moraes, e litterarios de differentes homens celebres da nossa idade
QUE DÃO Á LUZ E PUBLICAM
F.S.G.C., e F.J.C.
Assina-se na Typ. Commercial Portuense onde a obra é impressa e nas diferentes livrarias da cidade.
2 vols. cada 1: 400 rs.

sábado, setembro 17, 2005

Anúncio 31

O Lidador, 31 de Janeiro de 1855

O PASTOR DE ASNBOURG.
Por A. Dumas, 5 vol. 1500.
Historia do homem da mascara de ferro, um vol. 360 rs.
A Torre de Vicennes, um vol. 360.
Previlegios da nobreza litteraria 600 rs.
Judia no Vaticano, ou o amor e Roma, 4 vol. 1:680 rs.
Methodo de escripturar os livros por partidas simples e dobradas por Degrange, nova edição por 1:680 rs.
Vende-se em casa de J.A.P. da Silva, rua das Hortas n.º 144, aonde existe uma linda escolha de diversos romances que se alugam por 480 mensaes.

terça-feira, setembro 13, 2005

Anúncio 30

O Lidador, 28 de Março de 1855

LIVROS DE MASSA E DA SEMANA SANCTA,

Cobertos em carneira, marroquim chagrant, em veludo; e com capa de tartaruga de gosto variado e com miniaturas etc. etc. etc., por preços razoaveis. Vende-se em casa de Jacintho A. P. da Silva, rua das Hortas n.º 144.
Na mesma casa se vende methodo facil de escripturar os livros por partidas simples e desdobradas, comprehendendo a maneira de fazer a escripturação de um só registo por M. Degrange, traduzido em portuguez, 2.ª edição, preço 1:680.

quinta-feira, setembro 08, 2005

Anúncio 29

O Lidador, 27 de Fevereiro de 1855
THETRO
DE
LICINIO F.C. DE CARVALHO,

Um volume de 336 páginas, no formato da Bibliotheca Charpenlier, impresso com toda a nitidez e enrequecido com musicas indianas; contendo:

O RAJAH DE BOUNSULÔ
DRAMA-HEROICO.
ORIGEM DA ARTE DRAMATICA,
ESTUDO HISTORICO-LITTERARIO.

Preço por assignatura, 480 reis – avulso 720.
Assigna-se nas lojas de Moré e C.ª praça de D. Pedro; - Cruz Coutinho, aos Caldeireiros; - Fonseca ás Hortas; e nas mais do costume

quarta-feira, setembro 07, 2005

Reflexão 10 (J. L. Borges)

«Estendeu-me cuidadosamente um exemplar da Utopia de Morus, impresso em Basileia no ano de 1518, ao qual faltavam folhas e gravuras.
Não foi sem alguma afectação que respondi:
- É um livro impresso. Tenho lá em casa mais de dois mil livros, ainda que menos antigos e preciosos.
Li em voz alta o título.
O outro riu-se.

- Ninguém pode ler dois mil livros. Vivo há quantro séculos e não terei ultrapassado a meia dúzia. Aliás, o que importa não é ler, mas reler. A já abolida imprensa foi um dos piores males do homem, pois levou a multiplicarem-se até à vertigem os textos desnecessários.»

BORGES, Jorge Luis – O Livro de Areia; Lisboa: Editorial Estampa, 1994 (4.ª edição), p100

terça-feira, setembro 06, 2005

Anúncio 28

O Lidador, 24 de Fevereiro de 1855

COLLECÇÃO DE MAPPAS GEOGRAPHICOS do theatro da guerra do oriente, publicados em Braga, em 1855, e nitidamente lithographados em cartão, formato grande, folha em oblongo. Vende-se na livraria do sr. Cruz Coutinho aos Caldeireiros n.º 14 e 15 no Porto; e em Braga, na loja do sr. Luiz do Amaral Ferreira, rua do Souto. Preço da collecção 900 – dita com capa e vinheta, 960.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Nossa Senhora e Menino (Raphael, 1503)

domingo, setembro 04, 2005

Os Prospectos 3

Mais um panfleto promocional. Desta vez de um promissor jornal literário.
«O HORISONTE,
JORNAL LITTERARIO.

Tivemos o pensamento de crear, na segunda cidade do reino, um jornal de litteratura. É arriscado agenciar leitores aqui, onde são nove os jornaes políticos, e a politica do jornal derrama um imposto já de si bem pesado aos contribuintes. Mas não está ainda resolvido se o Porto abomina os jornaes litterarios, por não tractarem de politica. Nós duvidamos que a iguaria predilecta dos portuenses seja a argumentação indigesta dos partidos; parece-nos mesmo que os mais empenhados na lucta de um principio contra outro devem ter momentos de enfado em que um litteratura amêna lhes viria desalterar a sede do deleite espiritual.
O nosso jornal virá, pois, pacifico e humilde, na rectaguarda dos nove jornaes politicos, offerecer o seu pouco. O HORISONTE não se inculca como cousa necessaria para o andamento da civilisação, ou gloria das lettras do Porto. sabemos que se vive sem jornais, e sem livros, á regalada, e que, nos nossos dias de industria, e de estradas, o homem o que deseja é alargar a área dos gosos do corpo, e, quando muito, nas horas d’ocio provar com o espirito alguma pagina de romance, que se dirigira facilmente, e não force o pensamento a elaboral-a.
O nosso jornal será isso que se deseja. A sciencia profunda será banida das suas columnas como os rhetoricos de Athenas. A erudição é uma cousa impertinente, como o saber fradesco dos avultosos bacamartes, que dormem o somno do justo nas bibliothecas, sem que ninguem os acorde.
O HORISONTE será, portanto, superficial em toda a extensão da palavra. Não forçará o entendimento nem a memoria de ninguem. Não obrigará o leitor menos versado na lingua a incommodar o vocabulario de Moraes, nem o diccionario historico de Bouillet.
Queremos que o nosso jornal faça rir, com tanto que não seja de piedade dos redactores.
O mais delle será romance copiado da vida real da sociedade em que somos gente; e desliado das cousas que passaram, dos costumanças que não interessam o presente, das eruditas investigações de outros tempos e costumes, que dão muita canceira ao escriptor, e apoquentam a paciencia do leitor.
Dará uma
revista do Porto, abrangendo quinze dias, por isso que o 1.º e 15 de cada mez serão os dias fixos da sua publicação.
Avaliará as producções contemporaneas n’uma serie de artigos denominados «reputações litterarias» que o author annunciara em livro. Nesta parte, o jornal não fará rir todos os leitores, porque é necessario que chore alguem. Muita gente porque a consciencia o engana. É preciso convencer esses taes de que o silencio da opinião publica não é um placido assentimento ás suas cousas. Nesta parte cumpriremos o mandato do senso-commum, de que nos declaramos desde já officiosos representantes.
Publicará poesias de casa e de fóra; mas as de fóra é precioso que venham muito recommendadas pelo nome de seus paes. Más poesias, apenas são admittidas as dos redactores.
Tencionamos pedir ás illustrações uma esmola para a creança, que nascerá em abril; se a conseguirmos, alarga-se o
horisonte dos leitores, se não, hão-de viver na estreiteza do nosso.
Convem saber que o BARDO, jornal de poesias, vae ser identificado no HORISONTE, É preciso que o poeta seja absorvido no prosador, porque está provado que o poeta não vive independente de prosa.
Como dissemos, publica-se duas vezes no mez, com 16 paginas, em quarto grande. Quando o podermos fazer, sem prejuizo, daremos gravuras; mas as gravuras neste paiz são caras de mais para a parcimonia de leitores.
As assignaturas recebem-se no Porto, no escriptorio, rua das Flores n.º37. Não temos agentes de provincea, não satisfaremos a assignaturas que não sejam previamente pagas no escriptorio.
A assignatura é 2$400 reis pagos em tres prestações adiantadas.
No 1.º de abril deve sahir o primeiro numero.

Os Redactores,
Camillo Castello Branco.
Faustino Xavier de Novaes.

COLABORADORES.
Antonio Pedro Lopes de Mendonça. – José Gregorio Lopes da Camara Sinval. Pedro de Amorim Vianna. – José Barbosa e Silva. – Antonio Augusto Soares dos Passos. – Rodrigo Xavier Pereira Freitas e Beça. Guilhermino Augusto de Barros. – Antonio Coelho Louzada. – Antonio Moraes da Silva.»

quinta-feira, setembro 01, 2005

Anúncio 27

O Lidador, 30 de Setembro de 1854

[Notícia]

UM LIVRO – É este o título d’um poema, que o snr. Camillo Castello-Branco acaba de dar á estampa, e que já começa a distribuir-se pelos assignantes. Segundo as informações que temos, é «um livro» muito digno de ler-se.