quinta-feira, abril 07, 2005

Capitalismo e Cultura I

No Antigo Regime, o tipógrafo e o livreiro são os actores principais do mundo do livro. Acumulando diversas funções, entre as quais a edição no sentido moderno. A partir de meados de oitocentos a edição começa a separar-se das outras especialidades e o editor a partir do seu escritório começa a controlar todas as etapas da publicação, desde do manuscrito até à distribuição. O importante na sua actividade não é possuir uma loja de livros própria, mas de atingir um mercado o mais vasto possível.
A mecanização crescente da produção permite chegar a tiragens muito elevadas e de uma forma muito rápida, potenciando desse modo a competitividade. Ora, isto exige investimentos avultados que só a certeza ou pelo menos a probabilidade forte de um retorno lucrativo pode justificar. Aventureiros sempre existirão, contudo o livro é cada vez mais um negócio e tratado como tal, até porque procura não faltava.